Chega ao jornal, dá um rápido bom dia a todos, senta em sua mesa e começa a digitar... (Foto: Thaiany Regina) |
Acorda
bem cedinho e sai de casa apenas com uma xícara de café no estômago. Corre,
corre, está sempre correndo. Xinga no trânsito, ouve música e corre para a
redação com poucas certezas. Sabe que precisa terminar aquela matéria especial,
mas ainda não tem ideia do que vai acontecer no mundo e virar matéria.
Um novo
e imprevisível dia se inicia na vida do jornalista. Chega ao jornal, dá um
rápido bom dia a todos, senta em sua mesa e começa a digitar. Daí por diante o
barulho do teclado é a melodia que o acompanhará durante todo o dia.
Pega o telefone e faz a ronda: delegacias,
hospitais, bombeiros. O que aconteceu nesta madrugada? Teve alguma ocorrência
no início da manhã? Os fatos vão aparecendo e ele com o telefone apoiado no
ouvido e no ombro ao mesmo tempo, ouvindo e escrevendo. O resto do mundo some e
só restam o jornalista, as informações e as palavras soltas que mais tarde
serão arquitetadas em um texto e vistas por centenas, milhares – talvez milhões
– de pessoas.
Aí
as pautas começam a aparecer e o repórter vai para as ruas ver com seus
próprios olhos o que aconteceu. Fica animado e sente o coração dar um pulo de
expectativa. Disfarça, faz cara de sério, pega a dupla dinâmica – caneta e
bloquinho -, chama o motorista e o fotógrafo. No carro, em meio às conversas
com os colegas, não consegue se concentrar. O que vou encontrar lá? Com quem
vou conversar? É difícil adivinhar.
Quando
coloca tira os pés do assoalho do carro e os coloca na rua, o repórter tem seu
momento de glória. Com papel e caneta em punho, abastecido por litros de café e
paixão pelo o que faz, ele se encaminha até o fato. E é aí, bem neste momento, que
sente seu dia começar de verdade.
Repórter: Taryne Zottino
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