Porto da Manga - MS durante o período de cheia. Crédito à imagem: Ecoa. |
O Pantanal é a maior planície alagada do planeta. Sua área total é estimada em 210 mil km² e cerca de 140 mil km² pertencem ao território brasileiro, em especial aos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul que juntos concentram a maior parte desse bioma. O ecossistema pantaneiro é extremamente rico apresentando fauna e flora exuberantes, mas o que mais chama atenção é o seu regime de secas e cheias que interfere diretamente nas atividades econômicas e no desenvolvimento das regiões nas quais o bioma predomina.
As principais atividades econômicas desenvolvidas no pantanal são a pecuária, a pesca e o turismo.
• Pesca – merece bastante destaque nas regiões pantaneiras e é praticada através de três modalidades: subsistência, que fornece alimentação necessária à população de ribeirinhos; a esportiva que se tornou um atrativo ao turismo; e a pesca profissional que auxilia na fonte de renda de muitos ribeirinhos das comunidades. Outra atividade ligada à pesca é a coleta de “iscas vivas” (pequenos peixes e crustáceos) que servem de alimento para os peixes maiores.
• Turismo – nos últimos anos foi bastante aperfeiçoado nas comunidades pantaneiras, principalmente o ecoturismo, rural e de pesca. Além de atrair pescadores amadores e profissionais à prática esportiva, o Pantanal encanta os turistas pela sua beleza natural que sempre é divulgada através das lentes de fotógrafos e cinegrafistas.
• Pecuária – é uma atividade de corte (produção de carne) e extensiva, na qual o gado se alimenta das pastagens nativas, e devido ao regime das chuvas nas regiões os animais são deslocados das áreas que serão inundadas às regiões mais secas.
Porto da Manga-MS durante a seca no Pantanal . Crédito á imagem: Ecoa. |
Compreender a relação entre os períodos chuvosos com as atividades econômicas e o desenvolvimento das comunidades é de muita importância. Pois qualquer alteração neste ecossistema desencadeia uma série de consequências, que podem em alguns casos, serem bastante desastrosas.
Podemos citar, por exemplo, o período de Defeso – popularmente conhecido como “Piracema” – no qual os peixes se reproduzem e começou em novembro de 2011 e seguiu até o mês de fevereiro de 2012. Neste ciclo é proibida a pesca sendo liberada apenas em caráter de subsistência, ou seja, para alimentação das comunidades ribeirinhas.
No entanto, houve um atraso nas desovas dos peixes ocasionadas pelo baixo nível das águas e inundações nas bacias pantaneiras. Consequentemente, há um comprometimento na reprodução dos cardumes e desenvolvimento dos peixes, podendo prejudicar diretamente as atividades comerciais das comunidades ribeirinhas, que sobrevivem da pesca profissional e do turismo.
O jornalista e técnico ambiental Jean Fernandes afirma que "o Pantanal e suas comunidades andam juntos, o conhecimento tradicional dos pantaneiros ribeirinhos é fantástico", pois todas as estratégias, pesquisas e práticas sustentáveis são realizadas graças à colaboração dos nativos que habitam a região. As comunidades extraem, cuidam e estudam o ecossistema de maneira consciente e por diversas vezes, atuam como verdadeiros policiais ambientais.
O jornalista e técnico ambiental Jean Fernandes afirma que "o Pantanal e suas comunidades andam juntos, o conhecimento tradicional dos pantaneiros ribeirinhos é fantástico", pois todas as estratégias, pesquisas e práticas sustentáveis são realizadas graças à colaboração dos nativos que habitam a região. As comunidades extraem, cuidam e estudam o ecossistema de maneira consciente e por diversas vezes, atuam como verdadeiros policiais ambientais.
É importante ressaltar que a preservação e a sustentabilidade são os mecanismos que auxiliam na manutenção das atividades no Pantanal. Afinal, as comunidades e os visitantes podem utilizar os recursos que esse ecossistema tão rico oferece basta que todos desfrutem de maneira coerente.
Confira a seleção de órgãos públicos e organizações não governamentais (ONGS) ligadas a proteção e a preservação do Pantanal, além de fornecerem pesquisas e avaliações técnicas em vários segmentos e atividades:
Confira a seleção de órgãos públicos e organizações não governamentais (ONGS) ligadas a proteção e a preservação do Pantanal, além de fornecerem pesquisas e avaliações técnicas em vários segmentos e atividades:
Gostei da reportagem... Gostaria de saber e ver numa próxima matéria, as 'instalações' que o pessoal usa pra manter a isca, viva! e quais são as espécies usadas ! Uma vez tive um cliente que comprou em minha piscicultura uma série de peixes (ornamentais) e só depois eu soube que ele os levara para o Pantanal onde os usaria como isca-viva! Fiquei com pena nos meus lindos peixes coloridos servirem de isca-viva, mas, mais preocupadop com a falta de controle que temos, onde espécies exóticas entram em ecosistemas frágeis como o Pantanal, fragilizando-o mais ainda! Deveria haver uma campanha de conscientização!
ResponderExcluirSerá que vs poderiam repetir a reportagem, mostrando com fotografias algumas destas iscas-vivas, e os sistemas de consarvar elas vivas e prontas para os pescadores, e qual isca pra qual peixe? a Embrapa Pantanal poderá ajudar nessa matéria!
ResponderExcluirMuito bom me ajudou bastante em um trabalho de pesquisa
ResponderExcluirMeus amigos tambem estão nesse site
ResponderExcluirObrigado por falar sobre essa pesquisa,estava precisando mais uma vez obrigado
ResponderExcluirToh mi respondendo gue gue gue
Excluiragradeco pela ajuda
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