Ana Paula Duarte
Samara Henning
Sem o glamour da
exposição, o rádio tem suas maneiras de conquistar os universitários. Nessa
quarta-feira (21), um grupo de cinco acadêmicas visitou a FM Cidade (97.9), o
programa Noticidade que fica na sede da TV MS Record. Em forma de bate-papo de
mulheres, as jornalistas Carmem Cestari, Tainara Rebelo e Adeline Fernandes
contaram um pouco sobre as carreiras delas até chegar no rádio.
Esquecido? Não. O
Alcance do rádio é impressionante, aquele veículo mais antigo que todo mundo
aposta que vai acabar e só cresce. Na visita ao local, conheceram o lado
espontâneo por traz da voz, a liberdade de opinião presente: “Eu já tive um
ataque de risos no ar quando fui noticiar que uma anta atropelou um carro, eu
imaginei a anta toda produzida atravessando a rua”, conta a jornalista Carmem
Cestari.
Normalmente a escolha pelo jornalismo já é
sofrida por parte dos estudantes, imagine pelo rádio “Você não vai trabalhar na
TV?”, “Você é tão bonita. O que está fazendo no rádio?” é a primeira rejeição
por parte das pessoas. Essa experiência causou a sensação de pertencimento
porque como dizem os profissionais da área, o rádio pode estar em qualquer lugar
com apenas um gravador. O Radiojornalismo ainda existe, ainda é uma escolha!
“Tem que ter paixão,
aqui é muito tranquilo, as mulheres são muito competentes, o Cadu Bortolotto
coordena, eu não dou pitacos, ele já está aqui há bastante tempo” relata Cestari.
Nádia Nicolau, 21 anos,
é acadêmica do 4º semestre de jornalismo e trabalha no programa de rádio da
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) no qual fala sobre saúde e artistas da
terra no Rádio em Foco que vai ao ar nos domingos na FM 91.5. “É bem legal
porque nós mesmos que fazemos os nossos textos”. Com essa pequena experiência,
Nádia conta que já conhecia o trabalho das jornalistas muito antes de entrar na
faculdade. “Eu escolhi ser jornalista pela curiosidade, eu queria saber como
era trabalhar com notícias, eu pesquisei antes sobre a profissão”, disse.
O grupo de mulheres que
acompanhou o programa Noticidade não impressionou a multimídia Carmem Cestari
que ao verem comentou: “São só vocês? As mulheres vão dominar o jornalismo!”.
Carmem destacou a necessidade
de mudar de cidade para cursar a faculdade que tanto gosta, que inclusive
iniciou os trabalhos na área muito antes, pela pouca estrutura de Campo Grande
optou por São Paulo. Tainara Rebelo trabalha na rádio e no jornal online Diário
Digital, ela pretende fazer uma pós-graduação em Linguagens, mas também lembra
da dificuldade em especialização na área de comunicação na Capital. Já Adeline
Fernandes contou para as universitárias que é fundamental a prática da
profissão antes de sair da faculdade, ela já se aventurou em todas as áreas,
decidindo no final pelo rádio.
Além da FM Cidade,
acadêmicos da católica acompanharam a Blink 102, Mega 94, FM UCDB e 104 FM. O
evento já está em sua terceira edição e nesta quinta-feira (22), segundo dia do
projeto 72 Horas de Jornalismo, todo o grupo que visitou as emissoras de rádio
começa a gravar as vinhetas. “Nós vamos
gravar um programa de rádio como se fosse ao vivo”, comenta a professora
responsável pela oficina de rádio, Inara Silva. Ela ressalta a rapidez necessária
para fechar o programa “pretendemos terminar agora”, disse Inara.
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