Jornalismo Online

Reportagens desenvolvidas pelos estudantes do curso de Jornalismo da UCDB.





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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Observar para refletir

Reflexões, certezas e novas experiências marcaram a primeira parte do evento "72 horas", organizado pelo curso de Jornalismo da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Os acadêmicos puderam observar o cotidiano de diferentes veículos de comunicação, conhecer melhor o mercado e perceber se aquela rotina diária é realmente o que desejam para o futuro profissional.


Adrenalina pura


Essa certeza foi reforçada durante a experiência da acadêmica do 1º semestre de Jornalismo Isis Machado, que visitou a redação do jornal "O Estado" e constatou que o impresso é realmente o segmento que pretende seguir. Ela acreditava que o ambiente seria tranquilo, mas se impressionou com a correria, teve a oportunidade de ir a campo acompanhando uma equipe de reportagem e se identificou. "Percebi que quero ser repórter, estar nas ruas. Gostei de toda aquela adrenalina", diz.


No 5º semestre de jornalismo, Rafael Monge também teve a oportunidade de conhecer o segmento impresso durante visitas aos jornais "O Estado" e "Correio do Estado". Destacou a dinâmica presente nas redações e se surpreendeu com o trabalho dos jornalistas. "Eles não ficam apenas em função de sites ou da internet, estão sempre atentos, se preocupando com tudo o que acontece". O acadêmico ainda não tem noção de qual área pretende seguir, porém acredita que a experiência tenha ajudado na decisão. "Na verdade não interessa a área, jornalismo é jornalismo em qualquer lugar”.


Experiência dinâmica


Para o calouro de jornalismo Maicon Rocha, a observação na "Rádio 104,7" foi séria e extrovertida ao mesmo tempo. Apesar do ambiente ser descontraído, percebeu o trabalho sério que é feito no local e se interessou ainda mais pela área, além de perceber a força da linguagem jornalística. "A intenção deles e a dinâmica do trabalho nos fez entender o quanto pode ser prazeroso ouvir e produzir rádio", comenta.


Publicidade e Propaganda no "72 horas"


Não foram só os futuros jornalistas que abraçaram a ideia do evento que propõe observar, fazer e pensar jornalismo. Alguns acadêmicos de Publicidade & Propaganda também participam do "72 horas". Entre eles, a caloura do 1º semestre de PP, Viviane Lopes que foi à "TV Morena" e acompanhou a gravação do "MSTV 1ª edição" porque quis conhecer a área e os bastidores de uma produção jornalística. “Tinha uma ideia diferente da figura do apresentador, impressionante como eles se preocupam e estão a par de tudo”.


Futuro publicitário, Jansen Marques da Silva visitou a rádio “Blink 102”, conheceu a estrutura, a linguagem, ouviu diversas histórias e experiências. “Tomei gosto pelo rádio, a voz dos locutores se torna marca registrada. Tive até a oportunidade de conhecer um radialista que admiro muito”, finaliza.


Por Taryne Zottino, acadêmica do curso de Jornalismo - UCDB

Acadêmicos finalizam produtos jornalísticos




O prazo para o término das atividades do 72 horas de jornalismo está acabando.Os acadêmicos de Publicidade e Propaganda e Jornalismo terminam nesta tarde as atividades propostas pelo 72 horas de jornalismo.

Todos os estudantes estão ansiosos e correm para terminar o procedimento a tempo. Sendo que amanhã os profissionais de cada empresa visitada estarão na UCDB para observar o rendimento de todos.

Alunos que estiveram nas rádios, editam as vinhetas e falas para o programa de 30 minutos que será ouvido amanhã, nele haverá depoimentos e informações sobre o evento, além de músicas. O jornal impresso faz os últimos ajustes para ser lido na edição especial do EM FOCO. A TV terá um programa de 30 minutos mostrando os bastidores de cada emissora.

O evento só foi possível com o apoio das empresas de rádio, jornais online, impressos e emissoras de TV da capital.

Repórter: Rodrigo Barros, Acadêmico de Comunicação Social - Jornalismo UCDB.
Créditos da Foto: Raíssa Lopes

Uma feira de informações

A expressão feira de informações cabe a qualquer veículo jornalístico, mas foi usada pelo acadêmico Rafael Monge, do 3º semestre de Jornalismo da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), para definir os jornais impressos O Estado do Mato Grosso do Sul e Correio do Estado.

Esses foram alguns dos veículos onde os estudantes de Comunicação Social da UCDB realizaram as oficinas de observação do evento “72 horas de Jornalismo: observar, fazer e pensar”, na manhã e tarde de ontem (1º).

Durante as oficinas, os acadêmicos puderam conversar com profissionais sobre o jornalismo como um todo, além de observar o cotidiano dos jornalistas na redação e acompanhá-los na apuração de informações fora da redação.

Segundo Rafael Monge, o trabalho na redações não para. A todo momento, um jornalista sai às ruas em busca da informação, enquanto outros conseguem pelo telefone e outros escrevem. "Parece uma feira. Feira de informações", conta Rafael, com estusiasmo e pressa para terminar uma crônica para jornal impresso sobre o 72 horas.



Outra coisa que chamou a atenção de Monge foi a preocupação com a distribuição dos jornais. “O jogo do Santos terminaria tarde, e como o Correio do Estado é distribuído em todo o Estado, de ônibus, há horários a cumprir. Por isso, foram impressas duas capas e feitas matérias de abre de página diferentes para o caderno de esportes, uma para o Interior, outra para a Capital”, comenta Rafael.

Ele também ressalta a importância de se manter um bom relacionamento entre a equipe de reportagem (repórter, repórter fotográfico, motorista).


"Jornalista não tá lá pra fazer amizade"

Outra estudante que participou das oficinas de jornalismo impresso foi Yarima Mecchi, do 1º semestre. Yarima acompanhou a equipe de reportagem do O Estado na entrega dos prêmios do concurso estadual de poesias dos Correios. Lá, estava o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, e o assunto que a reportagem abordaria não seria o concurso: eles queriam falar sobre saúde.

“A equipe foi até a um evento de poesias dos Correios para cobrar o prefeito sobre a situação dos postos de saúde e se funcionários e médicos com irregularidades seriam punidos. O jornalista não pode ficar preso as agendas oficiais das autoridades. Eles precisam sair da redação e correr atrás da informação”, destaca a acadêmica.

Yarima também foi à Assembléia Legislativa do Estado, mas não foi autorizada a entrar na área privada do local. Mesmo assim, voltou de lá com mais uma lição: “o jornalista não tá lá pra fazer amizade, mas para conseguir a informação para a matéria”, conta ela, com um semblante misto de seriedade e felicidade.

Repórter: Nyelder Rodrigues, acadêmico de Jornalismo da UCDB

Certamente a glória do jornalismo é sua transitoriedade


Uma constante absorção de informações buscadas por todos os meios. Procuram notícias em sites de outros estados envolvendo Campo Grande ou as demais cidades, exige uma excelente agilidade, pois de minuto a minuto atualiza-se as notícias. Não é somente em frente aos computadores que o trabalho acontece, há também as pessoas que vão em busca da confirmação do acontecimento, ou seja, de uma fonte confiável, pois para se publicar algo é mais do que necessário. O contato com jornalistas de outras áreas e cidades seja por rede social ou celular ajuda a encontrar "furos", o que conseqüentemente aumenta o número de acessos do site.

É fundamental o conhecimento em política, e tudo relacionado ao Estado. Nomes de figuras importantes como vice-prefeito de Campo Grande, Presidente da Câmara Municipal. E, claro saber sobre o novo acordo ortográfico, segundo o Jornalista Celso Bejarano.

Diferente da mídia audiovisual que, ao informar mesmo sem perceber passa entretenimento, por exemplo, ao falar que um idoso está em busca de namorada, na virtual o enfoque é somente nas notícias. Isso que me fez admirar mais esta mídia. No caso de uma matéria de bastante repercussão pode-se ter uma dedicação particular ao assunto. Conversar mais e assim saber mais sobre o acontecimento, ao observar os repórteres vi que eles entrevistam e pronto, não têm tanto contato com fontes.

Fomos à Câmara Municipal - eu, o acadêmico Nyelder Rodrigues, os jornalistas Vinícius Squinelo e Alexandre, onde os vereadores de Campo Grande se reuniram com o Secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Marcos Antonio Moura Cristaldo, e o Secretário Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, João Antônio de Marco, para debater sobre a colocação de piso tátil nas calçadas e sobre as operações tapa-buraco realizadas na Capital. Não temos padrão de calçadas, apenas a obrigatoriedade de que em calçadas novas ou reformadas seja instalado o piso táctil. Sendo que em lugares públicos como o Paço Municipal, sede do executivo, e algumas escolas não têm ainda. A classe popular tem medo de ser multada ou perder a casa por não ter instalado o piso.

Essa experiência me impulsionou a seguir a carreira do jornalismo online pela abordagem de fatos e pelo contato com o meio.

Repórter: Ana Paula Duarte, acadêmica de Comunicação Social - Jornalismo
Legenda: Câmara Municipal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul
Créditos da Foto: Maria Izabel Costa

A flexibilidade do jornal online


Criado há oito anos, o Midiamax News faz parte da mídia digital de Mato Grosso do Sul. Composto por cerca de 15 pessoas entre repórteres, fotógrafos e editores, o site posta durante todo o dia os acontecimentos do estado e do país.
Através de denúncias, informações e reclamações os repórteres do Midiamax vão às ruas atrás de notícias para mais um dia de trabalho. Não há limite de tempo para as postagens, mas garantem que são raras as vezes que notícias são postadas após mais de dez minutos do acontecido.

Dentro e fora da redação o ritmo de trabalho é intenso, os redatores mantêm entre si contato por telefone, podendo assim receber imediatamente informações sobre um novo fato. A maioria do que chega na redação é através de informações do público. E assim que a informação é recebida, começa a apuração dos fatos. “A apuração dos fatos é feita para garantir a veracidade da informação, nem sempre o que chega para nós é o que está acontecendo, por isso vamos atrás antes de escrever qualquer coisa”, diz Diego Alves.

Cada repórter escreve sobre o que mais tem interesse, mas acontece de escreverem sobre outros assuntos, de acordo com os acontecimentos. Em um jornal digital existe a possibilidade de uma mesma notícia ter seu desdobramento postado várias vezes durante o dia, dependendo de seu andamento. “Algumas matérias são feitas por vários repórteres, colocamos o nome de todos como colaboradores”, explica o jornalista Celso Bejarano.

O dia a dia de um jornal online é tão corrido quanto de um jornal impresso ou televisivo, com a diferença de que existe a possibilidade de serem feitas mudanças no que é postado. De acordo com informações adicionais recebidas as matérias podem ser modificadas durante o dia “Essa é uma grande vantagem do online”, diz Celso Bejarano.

Repórter: Jéssica Galvão - 5º semestre.
Legenda: Redação do site Mídiamax
Créditos da Foto: Jéssica Galvão

A atuação do jornalista digital





Desde 1999, o Campo Grande News atua como uma mídia informativa online, tentando não passar mais de 20 minutos sem publicar uma nova noticia. Com uma equipe formada por 13 jornalistas e dois estagiários, a correria é grande, o barulho do teclado e as conversas não param.


Francisco Júnior, conhecido como o alucinado, que escreve em torno de dez matérias por dia, conta que ninguém na redação tem uma editoria específica para a qual escreve, mas ele se interessa mais por escrever matérias policiais: “O que mais tem são acidentes”. Os jornalistas basicamente, vêem o que esta acontecendo, recebem informações por e-mails e telefonemas. Depois da informação recebida, eles passam a fazer a apuração dos fatos, o que se provar concreto, vira noticia no site.”Vale a pena, acho que eu não saio nunca mais do online”, afirmou Francisco.

Para a jornalista Paula Vitorino, que se formou em jornalismo pela UCDB, o importante é escrever “a gente acaba fazendo de tudo”. Ela conta que quando tem uma matéria mais trabalhosa e longa, chega a falar com sete pessoas para confirmar os fatos. Isso faz com que escreva menos, mas quando não tem muitas matérias longas para escrever, ela acaba fazendo em torno de cinco matérias por dia.

Os repórteres que estão na rua, e vêem um acidente, ligam para a redação e passam as informações, assim a noticia não fica atrasada. E as informações que forem apuradas posteriormente atuam como um término da informação, concluindo a noticia.
Pressa
Muitas vezes pela pressa de escrever, algumas informações apresentam erros de português e, para Ângela Kempfer, editora chefe do Campo Grande News, esse é um dos maiores problemas da profissão de jornalista. “Todos os jornalistas deveriam fazer curso de português, tem alguns erros tristes!”, lamentou.

Durante uma manhã de observação, o que se pode falar sobre o jornal digital, é que existe uma maior freqüência de noticias, e uma agilidade incrível na hora de escrever.

Repórter: Maria Izabel Costa, acadêmica do 5º semestre de Jornalismo

Crédito da foto: Maria Izabel Costa

Legendas da foto: Ângela Kempfer, editora chefe do Campo Grande News, recebe os acadêmicos.

Conversas e observações: uma manhã na redação de online


Cheguei à sede do Campo Grande News às 08h15min, mas estava no local errado. Fiquei durante mais ou menos 5 minutos parado em frente ao que eu achava que era a sede do site, quando vi o veículo da empresa passando em alta velocidade, rumo a outra esquina. Entrei em meu carro e o segui. Ao chegar à sede certa, me deparo com um acidente no cruzamento das ruas Paz com Goiás, o Corpo de Bombeiros havia acabado de estacionar a viatura para marcar a posição de cada veiculo e desobstruir a via.

Frustrei-me quando cheguei ao local em que funciona o jornal eletrônico, pois achava que seria um grande edifício, com vários setores, e na verdade, era uma casa em que as salas e quartos viraram locais de trabalho. A primeira sala era a recepção e logo na frente outra sala com uma dimensão maior o setor comercial, descendo a escada cheguei à copa na qual encontrei a professora Inara e o Simão, um dos motoristas do site, logo à direita da escada estava a porta da redação, uma sala com vários computadores.

Primeiro impacto

A disposição chamou a atenção, no canto esquerdo isolado, fica o Fernando Dias, que é mais ou menos o faz tudo do site, e que foi a pessoa que me deu mais atenção já que seu serviço lhe dá maior liberdade. Na frente dele, na ponta direita da sala fica a Angela Kempfer, que é a editora chefe do site. Ela gritava muito e sempre estava no telefone, aparentava trabalhar sempre “a mil”, e os repórteres trabalhavam durante o tempo todo com “a cara enfiada” no computador ou lendo os jornais diários.

O ritimo das teclas era frenético, parecia uma música que não parava de tocar. Na hora em que cheguei, a ronda (atividade inicial de checagem por telefone as ocorrências policiais das últimas horas) já havia sido feita, mas é algo que não parece ser necessário já que o telefone não para e chega noticias a todo minuto.

Parte não jornalística.


Conversei com o Fernando sobre muita coisa, ele me mostrou os serviços que ele faz e como são feitos os arquivos do jornal, ele faz desde anúncios publicitários para o site a arquivamento, por isso o chamei de faz tudo, ele que faz a revisão dos comentários, já que nem todos os comentários convém serem postados, muitos contêm xingamentos, ou ofensas e até ameaças, ele disse que as críticas construtivas são analisadas e eles tentam melhorar.

Dando uma olhada nas análises de acessos, descobri que ele é acessado por quase todo o mundo. O segundo país que mais acessa as informações que são divulgadas pelo Campo Grande News é os Estados Unidos. Mas, o mais impressionante, é que desde o Alaska até o Japão, passando por toda a Eurásia e até o sul da África acessa o site.

A imagem

Conversei com o João Garrigó, que é fotógrafo do site, ele afirmou que quando ta na rua não tem tempo para nada e nem uma rotina, muitas vezes ele esta cobrindo um acidente e tem que ir à câmara, para que o site não perca o tempo da matéria. Ele envia as fotos via e-mail pelo celular, o que constata que a tecnologia esta ajudando cada vez mais a agilidade da informação. Conversei com o Fernando sobre os jornais impressos ele disse que é muito difícil do jornal online acabar com o jornal impresso, primeiro porque as matérias para online não podem ser matérias muito extensas e que os leitores de impresso podem até dar uma olhada no online, mas ele prefere manusear o impresso.

Saí do jornal às 12h25min no momento em que começaram a assistir os jornais televisivos, que foi algo que prestei atenção também: não existe uma pessoa responsável por ficar assistindo a TV, todos assistem ou ouvem a TV enquanto o trabalho não para.

Repórter: Rudney Ramos, acadêmico do 7º semestre de Comunicação Social - Jornalismo
Legenda: Fernando Dias cuida do banco de dados do Campo Grande News
Crédito da Foto: Maria Izabel Costa

Quebra de Tabu


O trabalho é um “bico” para os jornalistas, a experiência não é necessária porque os textos produzidos são curtos, os jornalistas são concorrentes uns dos outros e acomodados nas redações, esses e outros preconceitos são aplicados diariamente aos jornalistas, principalmente aos que trabalham em online. O local desta desmistificação foi na redação do site Campo Grande News no dia de “OBSERVAR” das “72 horas de Jornalismo”.

Chegando na redação, ansioso para ver como é a rotina do jornalista, damos de cara com um acidente na esquina da empresa. Ao entrarmos na redação, percebemos que em Campo Grande, uma coisa que sempre vai estar nos noticiários são os acidentes de trânsito. Mal eram oito horas da manhã e quatro acidentes já haviam acontecido na Capital.

Após uma boa recepção e esclarecimento da história do site, começou a quebra de tabu. Foi apresentada para nós a equipe, e, segundo a editora, Angela Kempfer, a maioria dos jornalistas presentes na empresa são novatos, tanto na empresa Campo Grande News como na área do jornalismo. E ao observar os jornalistas percebe-se que eles gostam do que fazem.

Aparente desordem

Na redação os jornalistas estão sempre antenados nos releases ou nos telefonemas, nos sites concorrentes ou lendo o Diário Oficial ou jornais. Silêncio? É uma palavra que não se encaixa em uma redação, se você quiser escrever com calma ou no silêncio, não recomendo uma redação. A frase que mais se escutava era “dez minutos para entregar essa matéria”.

Transtorno

Duas horas dentro da redação e fui chamado para fazer uma externa com a jornalista Paula Vitorino. Saímos e fomos para a Polícia Civil, era uma coletiva de uma quadrilha que roubava camionetes e caminhões e contrabandeava para o Paraguai. Quatro homens e uma mulher, todos algemados e encurralados na parede pelos jornalistas presentes, e um monte de perguntas repetitivas sendo feitas para os acusados e para o delegado.

Colaboração

No outro lado do corredor, tirando esse fato de constrangimento para os acusados e para mim, pude perceber solidariedade e companheirismo entre jornalistas de empresas concorrentes, outra quebra de tabu.

Uma emissora estava filmando, mas sua câmera não tinha luz, então a outra resolveu ajudar com esse imprevisto e logo depois, a emissora que estava sem repórter pediu para o repórter concorrente passar os nomes dos acusados, e no mesmo lugar aonde eu vi os jornalistas sendo frios em relação aos acusados, vi também serem solidários para com os seus colegas de profissão. Um jornalista falou para o extencionista “A briga é entre os patrões, nós somos companheiros”.

Por Gabriel Gomes, acadêmico de Comunicação Social – Jornalismo
Legenda: O repórter Francisco Júnior realiza entrevista.
Foto crédito: Maria Izabel Costa

Meios de comunicação transformam-se em oficina de Jornalismo


Nesta quarta-feira (01/06), os acadêmicos de comunicação da Universidade Católica Dom Bosco participaram do evento ‘72 horas de jornalismo: observar, fazer e pensar’, organizado pelo coordenador do curso de jornalismo Oswaldo Ribeiro.

Com o objetivo de familiarizar os futuros profissionais da área de comunicação, os acadêmicos monitorados por professores e acadêmicos do quinto e sétimo semestres, puderam conviver com os profissionais da TV, impresso, rádio e online.

Depois da observação, nesta quinta-feira, os acadêmicos terão que colocar em pratica todas as coisas que aprenderam durante essa experiência, sendo que na sexta o profissional ligado a cada mídia especifica irá avaliar os trabalhos dos acadêmicos.

É a primeira vez que o curso de comunicação da Universidade Católica Dom Bosco organiza um evento desse porte, possibilitando assim que seus acadêmicos vejam como funciona o dia o dia de um comunicador, dando lhes também a oportunidade de tirarem suas duvidas e até mesmo ajudá-los a decidir em que meio de comunicação eles querem seguir carreira.

Nas redes sociais, como twitter e facebook, alguns dos acadêmicos que participaram deste evento expuseram suas opiniões com entusiasmo, “rasgando” elogios tanto à experiência quanto aos profissionais com quem tiveram contato. Porém, nada disso teria sido possível se não fosse a colaboração das emissoras TV Campo Grande, MS Record, Guanandi e TV Morena, dos jornais online MidiaMax e Campo Grande News, das rádios Blink e 104 e dos meios impressos O Estado e Correio do Estado e seus respectivos funcionários.

Repórter: Carolina Cáceres, acadêmica do 1º semestre de Comunicação Social - Jornalismo.
Crédito/Foto: Gabriel Gomes


Legenda: A editora chefe do Campo Grande News, Angela Kempfer, conversa com os acadêmicos.

Observando: Um dia de repórter


Pude observar no jornal online como é um dia de repórter. Formada por uma equipe de redatores, editores e uma repórter fotográfica, o jornal online Midiamax é uma grande empresa do estado de Mato Grosso do Sul.

Com um clima descontraído, os profissionais me passaram muita segurança na atividade. Ao receber uma denúncia por e-mail ou via telefone, os jornalistas formaram uma equipe com Diego (redator), Alexandre (redator) e Alessandra (repórter fotográfica) para cobrir uma matéria no bairro Tijuca, onde houve uma denúncia: a existência de um lixão clandestino.

Chegando ao local, foram feitas várias entrevistas com moradores da região colhendo informações necessárias para a pauta. Nome, idade e profissão do entrevistado.

Várias fotos são tiradas no local. Após esse processo externo, os redatores juntam as informações e fazem o texto para colocar no site.

Em alguns casos, as denúncias são precipitadas, mas mesmo assim a equipe de jornalistas vai até o local para averiguar a situação. Tudo é feito com a maior naturalidade e paciência.

Em caso de alguns acidentes ou pautas factuais, os textos, informações e imagens são mandadas do local para editar e já colocarem no site.

Repórter: Rodrigo Barros, acadêmico de Comunicação Social - Jornalismo.
Imagem: Redação do MídiaMax
Crédito da Imagem: Jéssica Galvão

Agilidade e disposição na mídia digital


Um dia na rotina de repórteres de jornalismo online. O “72 horas” começou na correria para os estudantes da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) que foram OBSERVAR o trabalho dos sites Campo Grande News e Midia Max. Além de serem digitalizadas, as duas publicações têm em comum o fato de que ambas não têm qualquer versão tradicional, ou seja, foram idealizadas somente para o suporte web.

Muitos ficaram impressionados com a agilidade dos profissionais que trabalham no ritmo frenético de atualização constante de notícias dos mais diversos pontos da Capital de Mato Grosso do Sul. O repórter de rua passa as informações para a redação pelo telefone celular. O celular também é a ferramenta necessária para enviar fotografias diretamente do local do evento. Mesmo antes da equipe voltar da rua, a reportagem já está publicada na página do jornal.

A tecnologia passa a ser o melhor amigo do jornalista na corrida contra o tempo. O bom senso e o faro são os ingredientes necessários para avaliar o interesse público de um fato. Tudo deve ser decidido ‘pra ontem’. Apesar disso tudo, muitos jornalistas de online disseram ser apaixonados pelo que fazem. Ou seja, na avaliação (PENSAR) de nossos estudantes observadores, é preciso mais que vontade de fazer, trabalhar em online exige profissionalismo e amor pela profissão.

O retrato da visita aos sites jornalísticos de Campo Grande, pode ser conferido nesta cobertura especial (FAZER) para o blog EmFocando.

Inara Silva
Professora do curso de Comunicação Social da UCDB.


Foto: Carolina Cáceres

Legenda: A acadêmica Maria Izabel Costa entrevista o responsável pelo design e banco de dados do Campo Grande News, Fernando Dias